Vídeo Aula 17

Pedagogia de Projetos

O vídeo apresentado enfoca a questão dos projetos e toda sua potencialidade para aplicação dos temas até agora trabalhados nesta disciplina, tais como a multidisciplinaridade, a interdisciplinaridade e a transversalidade.

 

O desenvolvimento de um projeto abre a possibilidade de um olhar para além dos conteúdos, e uma grande oportunidade de consolidação de um pensamento autônomo, construído nas práticas de pesquisa, na busca por respostas e na leitura do mundo.

 

Por fim, salienta-se que o processo ativo da busca do conhecimento pelos alunos, se traduz na principal contribuição da pedagogia de projetos.

Vídeo Aula 14

Projetos

Se lançar, possuir objetivos, alimentar utopias e administrar o ímpeto necessário para operacionalizar as idéias e solucionar os imprevistos que se encontram pelo caminho. Todos estes pontos, fazem parte do instigante processo de criação e implementação de um projeto.

Por estas características, há um interesse crescente no campo de estudo da pedagogia por projetos, por ser instrumento de liberação de criatividade pessoal, e de construção de autonomia. O projeto está intimamente ligado a informação, e também a ação. Está relacionado a transformação, mas também a conservação, isto dependerá de escolhas, prioridades, definidas por planejamentos, objetivos e avaliação.

Correr riscos, refletir sobre o caminho percorrido e os resultados alcançados, pensar sobre o por quê e como estou fazendo meu projeto, todos estes pensamentos são essenciais para o que, corriqueiramente, encontramos apenas como discurso vazio no campo educacional.  E os projetos são valiosos instrumentos para transformar o discurso… em ação !

Vídeo Aula 13

Conhecimento em Rede

A crescente alusão as redes, fluxos e conectividade, que se ampliou com as constantes inovações no mundo das comunicações e transportes, nos ajuda a compreender, com toda sua simbologia, as mudanças também ocorridas na esfera da educação, onde não há mais espaço para visões como a da tábula-rasa, ou a do ensino estritamente seqüencial e cronológico. A concepção das redes na educação favorece a interdisciplinaridade e a riqueza de abordagens, para temas que fundamentalmente demandam este olhar múltiplo, como é o caso das metrópoles, por exemplo.

A riqueza da concepção da rede é que nesta, tudo se relaciona com tudo. A liberdade e a diversidade conseguem espaço, e a idéia de metamorfose, que nos traz conceitos vivos, relações dinâmicas para trabalhar, favorecem descobertas, inovações e uma educação mais atraente para os que procuram novas respostas, para novos problemas, neste “novo” mundo.

A questão das redes na educação, podem até ser mais claramente identificada, no nível da pesquisas, como as redes de conhecimento como são organizadas por prestigiadas instituições de pesquisa brasileiras como as da PETROBRAS e do IPEA.

 

Também vale destacar políticas públicas que valorizam e potencializam esta idéia da rede, para impulsionar a educação e cultura brasileira, como a dos Pontos de Cultura idealizados por Célio Turino, na qual poderíamos destacar, além do conceito de uma cultura viva e diversa, o emblemático nome que é dado ao encontro anual destes inúmeros pontos culturais brasileiros: Teia.

                                 

Vídeo Aula 10

Interdisciplinaridade e Transversalidade na Educação

Os temas transversais são instrumentos privilegiados para a realização de uma educação ligada a vida comunitária, e que abarque a realidade do aluno. É o caso, por exemplo, da temática ambiental, ou mesmo da questão dos rios, como abordado na vídeo-aula.

O projeto apresentado, que já merece elegios pelo simples fato da integração entre os universos do ensino básico e superior, elege o Ribeirão Anhumas como objeto de estudo, através de uma abordagem interdisciplinar e transdisciplinar, aonde disciplinas como a geografia, química e português, auxiliam o aluno na leitura da paisagem, e na compreensão da relação entre os moradores e o rio, entre o espaço urbano e o rio, bem como a questão ambiental, de qualidade de água. Esta leitura do mundo, tem sua importância educacional embrionária realçada nas palavras de Paulo Freire:

 

“A leitura do mundo precede a leitura da palavra”

Por fim, são retomadas  as distinções entre o paradigma da modernidade de René Descartes, e os novos paradigmas que buscam a superação dos moldes disciplinares para o estudo da realidade, tal como proposto por Edgar Morin.

Vídeo Aula 9

Ciência e Educação

A presente vídeo aula conduz sua argumentação no intuito de mostrar a possibilidade de abordar o ensino da ciência nas escolas dentro de uma visão mais ampla que a usualmente adotada. Desenvolve este raciocínio enfatizando a necessidade de se ter em mente que a ciência, antes de mais nada, é uma linguagem, a qual se faz presente em vários momentos cotidianos, como nos jornais que lemos, ou até mesmo em rótulos de alimentos e demais produtos industrializados.

A Ciência é uma Linguagem ! 

A ciência também é vista como universal, ou seja, não deve estar restrita a pequenos círculos de especialistas, sendo fundamental entender suas aplicações práticas na vida de toda pessoa.

A Ciência é para todos !

Por fim, cabe reafirmar a mensagem de que ciência não é sinônimo de verdade, suas “verdades” são transitórias.

A ciência é o domínio da dúvida !

Vídeo Aula 6

Temas Transversais em Educação

Na importante temática da transversalidade no campo educacional é possível identificar diferentes abordagens, concepções e práticas na educação, bem como uma variedade de temas possíveis para o ensino transversal, tais como os identificados nos Parâmetros Curriculares Nacionais, e expostos no quadro abaixo:


Entre as diferentes concepções citadas, três destas merecem destaque na aula de Valéria Araújo: i. Uso de currículo com as disciplinas como eixo vertebrador; ii. Uso de currículo com os temas transversais como eixo vertebrador do currículo; iii. novas metáforas para romper a fragmentação, tais como a rede.

Na primeira concepção (Figura 1), o currículo continua organizado em torno das disciplinas, e os temas transversais aparecem, de modo secundário, em diferentes formas, como: atividades pontuais, palestras, projetos interdisciplinares, transversalidade nas próprias disciplinas e o uso da transversalidade de modo tácito, como currículo oculto.


FIGURA 1

Na segunda concepção (Figura 2), o currículo se organiza em torno dos temas transversais. Os conteúdos deixam de ser a finalidade, para ser um meio de se atingir, por exemplo, a cidadania e a educação em valores, mas ainda sim, mesmo com a mudança paradigmática,  há uma compartimentação dos saberes.

FIGURA 2

Por fim, a terceira concepção (Figura 3), busca nas analogias com as redes de computadores, redes neurais, com as teias da natureza, modelos não-fragmentados de conhecimento, ampliando a complexidade e  as interrelações do conhecimento.

FIGURA 3


Vídeo Aula 5

O Conceito de Transversalidade

Os novos movimentos que clamam por mudanças nos paradigmas educacionais e científicos, procuram novos conhecimentos que abarquem esta nossa complexa e não-disciplinar realidade.

O desenvolvimento técnico e científico atingiu um ponto em que todas as carências da humanidade poderiam estar resolvidas, mas é grandemente conhecido que estamos bem longe desta realidade, nesta perspectiva dá-se a busca por novos sentidos na educação e na ciência, para que consigamos resolver esta questão, destacadamente transversal, e não tenhamos o desenvolvimento tecnológio como fim em si mesmo, mas como ferramenta para a busca de resolução da referida situação.

 

                Desenvolvimento tecnológico: Basta para o desenvolvimento humano?

As escolas realmente valorizam a formação ética e cidadã? Ou é só nos documentos onde são conteúdos obrigatórios – ex. Plano Político Pedagógico – é que a questão está presente? Em nosso ensino médio brasileiro, a intenção é tão somente formar os jovens para o mercado de trabalho e para um exame de vestibular, ou existe a preocupação com os valores democráticos, consciência dos direitos e participação política?  E para o ensino fundamental, há objetivos de formação crítica e de cidadania ou assiste-se tão somente a uma “crechicização” da escola, a criação de uma instituição “babá” destinada a vigiar os filhos da mão de obra brasileira?

 

A educação em valores de cidadania, através de temas transversais que busquem abordar e solucionar problemas cotidianos da comunidade, que transborde das formas disciplinares e conecte o ensino a vida dos alunos, é um grande ponto de partida para buscarmos uma educação e uma ciência capazes de resolver as essenciais questões atualmente colocadas à humanidade.

Vídeo Aula 2

Os Caminhos da Interdisciplinaridade

Para trilhar o caminho da interdisciplinaridade, é necessário o entendimento prévio do paradigma da ciência moderna, que estruturou a disciplinarização de nosso conhecimento, e os movimentos que clamam pela visão totalizante da realidade.

O pensamento simplificador, paradigma da modernidade, permitiu a humanidade uma grande eficácia em seu desenvolvimento científico e a elucidação de inúmeras questões, ao mesmo tempo em que criava amarras para a percepção da “totalidade” em nosso mundo, já que com ela, implantou-se a disciplinarização e o tomar a parte pelo todo em nosso olhar sobre a realidade.

René Descartes, com sua visão disciplinar e seu método científico, é considerado autor de destacada grandeza deste pensamento moderno, caracterizado pela disjunção, redução e abstração do conhecimento. Nesta animação, podemos conhecer melhor o citado filósofo:

 

O autor francês Edgar Morin, por sua vez, é considerado ícone dos movimentos científicos que buscam superar a disciplinaridade – Transdisciplinaridade, Multidisciplinaridade, Interdisciplinaridade -, e a redução do conhecimento em partes, com gradativas complexidades. Morin caracteriza-se pela introdução de um raciocínio complexo, em contraste ao pensamento simplificador, buscando uma visão holística da realidade, a qual se une ao pensamento dialético apresentado em muitas obras do referido autor.

Os caminhos da interdisciplinaridade passam então, pelo entendimento de que a realidade não é disciplinar, e será necessário o advento de um pensamento complexo, para o entendimento desta realidade.


Vídeo Aula 1

As Revoluções Educacionais

A presente vídeo-aula nos ajuda a compreender a escola contemporânea, através de sua formação histórica, nos mostrando seus momentos de rupturas e revoluções, e esclarecendo o modo pelo qual se moldou a atual configuração escolar.

Podem ser identificadas situações bem distintas no tocante a configuração e a posição da escola e da educação no bojo da sociedade.  O autor José Esteve propõe três revoluções educacionais, para distinguir etapas e rupturas da organização escolar, e suas relações com o meio social e econômico de sua época.

A 1ª revolução educacional inicia-se, aproximadamente, há 2.500 anos atrás, no Egito Antigo, nas cortes dos faraós egípcios,  nas chamadas casas de instrução. Esta etapa tem como característica destinar a educação para a aristocracia, aos filho dos nobres, dos reis, dos faraós e da elite burguesa, de uma maneira individualizada, através dos professores preceptores.

A 2ª revolução educacional é caracterizada pela responsabilidade do Estado em fornecer a educação escolar, iniciada com o decreto do Rei Frederico Guilherme II da Prússia, em 1787, visando diminuir o poder da igreja na formação dos indivíduos. Era uma escola notavelmente excludente, atendendo apenas 10% da população, sendo que só homens estudavam, e buscava-se a homogeneização das diferenças. Os professores da época eram considerados os detentores do saber, estabelecendo uma relação unilateral, verticalizada, com os alunos.

A 3ª revolução educacional é marcada pela universalização do acesso a educação, em um período em que o capital necessita, para sua reprodução, que a força de trabalho possua instrução escolar, para “apertar o parafuso do século XXI”. Iniciando-se nas décadas de 1920 e 1930 na Europa, e nas de 1980 e 1990 no Brasil, esta etapa também se correlaciona com a democracia, ao buscar o acesso universal e a inclusão das diferenças. Neste período os professores já não são considerados a única fonte de conhecimento, compartilhando tal função com diversas mídias e espaços.

            Por fim, fica a questão: Poderá uma escola, que permanece com a mesma estrutura básica da 2ª revolução educacional, funcionar para os novos ditames do século XXI? Com a mesma disposição física e configuração ela dará conta de promover este acesso com qualidade e utilizando-se das diversas formas e fontes de conhecimento?

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